1º) Augusto Frederico Montandon casou-se com Garibaldina de Castro. Deste casamento nasceram (11) onze filhos. (A-L).
A - Josephino Montandon casou-se com Celme Carneiro, tiveram (5) cinco filhos:
Almir Montandon de Faria - CORRETO: Amir Montandon de Paiva
Altair de Paiva Montandon - CORRETO: Altair Montandon Ribeiro (nome de casada)
Aldair de Paiva Montandon - CORRETO: Adair Paiva Montandon
Ângela de Paiva Montandon - ok
Augusto de Paiva Montandon - ok
terça-feira, 15 de setembro de 2015
A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA
A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA
NÃO DEIXE DE LER, VOCÊ QUE AINDA TEM ESCRÚPULOS, TERÁ MUITAS SURPRESAS NO DECORRER DA LEITURA DO CONTO.
NÃO DEIXE DE LER, VOCÊ QUE AINDA TEM ESCRÚPULOS, TERÁ MUITAS SURPRESAS NO DECORRER DA LEITURA DO CONTO.
POR: Agostio Romano Rio Mirim
ESTA HISTÓRIA É COMPLETAMENTE FICTICIA, É FRUTO DA IMAGINAÇÃO DO AUTOR E QUALQUER SEMELHANÇA COM FATOS MENCIONADOS OU COM OS PERSONAGENS CITADOS, COM PESSOAS VIVAS OU MORTAS É MERA COINCIDÊNCIA
ESSA É UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA EM CAPÍTULOS, ELA É UM POUCO LONGA, MAS MUITO INTERESSANTE, PRINCIPALMENTE PARA QUE AQUELES QUE AINDA TEM ESCRÚPULOS.
ESSA É UMA HISTÓRIA PARA SER CONTADA EM CAPÍTULOS, ELA É UM POUCO LONGA, MAS MUITO INTERESSANTE, PRINCIPALMENTE PARA QUE AQUELES QUE AINDA TEM ESCRÚPULOS.
LEIA COM CALMA A HISTÓRIA ABAIXO
Venho de uma família de seis filhos, nascemos pobres filhos de pai, motorista de caminhão, mãe, lavadeira, Mas meu pai sempre nos aconselhava a estudar, ele não poderia pagar nossos estudos, mas nós teríamos que fazer todos os esforços possíveis para conseguir alguma graduação.
Essa história é minha e de meu irmão Marciano Rio Mirim, que desde tenra idade lutamos com a vida. Eu fui para o interior de São Paulo, numa escola pública profissionalizante e consegui fazer um curso de metalurgia (operário de fábrica), e logo após terminar o curso eu busquei São Paulo, para trabalhar e estudar mais.
Consegui fazer um curso técnico de Projetista Mecânico e de Projetista de Arquitetura, na Escola PRO-TEC, hoje uma das mais famosas de SP. Subi mais um degrau na minha vida. E continuei em São Paulo trabalhando em empregos melhores, ganhando melhor! Fiquei em São Paulo ainda por uns anos, consegui muita experiência na profissão, incluindo Custos Industriais, e depois fui para minha terra fazer o Tiro de Guerra. Tinha 19 anos. Mas mesmo ocupado com o serviço militar, consegui um emprego na cidade de Projetista de Arquitetura, através de um amigo e comecei a trabalhar fazendo projetos de residências e lojas.
O meu irmão Marciano, dois anos após, ele foi também estudar na mesma escola que eu, no interior de SP, mas infelizmente ele não tinha muita determinação, e foi reprovado no 2º ano, e assim não poderia mais continuar a estudar na escola, esse era o regulamento, reprovado, tinha que sair. E Marciano foi para o SENAI, numa cidade perto de nossa terra fazer um curso de Torneiro Mecânico, esse ele terminou!
Trabalhou de torneiro mecânico durante alguns meses, mas se enturmou com alguns “mauricinhos” da cidade e não quis saber de trabalhar mais, apesar das broncas de meu pai. Começou a levar uma vida sem rumo, comprava “fiado” em qualquer boteco, jogava sinuca o dia inteiro, ganhava alguns trocados e foi tocando a vida sob muita pressão da família. Mas passa-se o tempo, e seu comportamento vai piorando, começou a arranjar brigas nas ruas, sempre junto com “os mauricinhos”, eles se safavam, eram ricos, mas sempre sobrava para o Marciano e consequentemente para meu pai.
Numa ocasião, o dono do escritório de arquitetura onde trabalhava, teve que ficar um tempo fora da cidade e me entregou toda a responsabilidade do escritório, mas deixou um engenheiro amigo dele, para assinar os projetos e dar uma supervisionada. Mas como esse engenheiro tinha um emprego e raramente ele ia ao escritório.
E eu passei a não dar conta do trabalho sozinho, e pensei em trazer o Marciano para trabalhar comigo, ensiná-lo-ia a desenhar. E ele foi, e eu dava a ele uma parte da minha comissão que recebia do escritório. Como ele não era burro e já estava com 18 anos aprendeu rapidamente o trabalho. Um dia chega lá no escritório, o engenheiro, de surpresa, e vê que meu irmão estava na prancheta trabalhando, e perguntou o que “aquela pessoa estava fazendo lá, eu respondi que o trouxe para me ajudar, mas estava bancando o salário dele, o escritório não tinha nenhuma despesa adicional”.
Mas o engenheiro irado, pediu que ele se retirasse do escritório imediatamente, e comentou comigo que não queria “essa pessoa” lá no escritório, porque se tratava de mau elemento e iria denegrir a imagem do escritório. Eu disse a ele, que o rapaz era meu irmão e que estava tentando ajudá-lo, mas o engenheiro não quis nem saber, e ainda foi taxativo, “não quero ele aqui de jeito nenhum, ele vai sujar o nome do escritório”! Isso foi em 1965.
Após isso, eu também me demiti e voltei para São Paulo, onde consegui emprego num banco, naquela cidade.
Como seus amigos eram os “mauricinhos”, ele também entendia que não podia namorar nenhuma moça pobre, e conseguiu uma namorada lá na nossa cidade, de classe média alta. Mesmo com a desaprovação da família da moça ele seguiu namorando meio escondido.
Nesse ínterim, eu até entendo, que foi para tirar a moça de nossa cidade, para que ela ficasse longe do Marciano, o pai dela mudou-se para a capital do estado e levou toda a família.
Mas o Marciano sempre foi muito esperto, e como ele já sabia desenhar, ele foi embora também para a capital, onde conseguiu um emprego de desenhista, numa grande empreiteira. Isso amenizou um pouco o relacionamento dele com a família da moça.
Mas o Marciano sempre foi muito esperto, e como ele já sabia desenhar, ele foi embora também para a capital, onde conseguiu um emprego de desenhista, numa grande empreiteira. Isso amenizou um pouco o relacionamento dele com a família da moça.
Mas depois de algum tempo, convivendo com engenheiros numa empresa de construção, ele viu que somente teria chance de subir no emprego se ele fizesse um curso de engenharia. Mas, como não tinha feito ginásio, nem colegial, foi atrás de supletivo para conseguir ter direito ao vestibular. Conseguiu passar no vestibular numa escola de engenharia, que estava começando, sem muita concorrência e iniciou seu curso de engenharia.
Aí foi o suficiente para que a família da moça o aceitasse, ele firmou o namoro e se casou aos 25 anos de idade.
Aí foi o suficiente para que a família da moça o aceitasse, ele firmou o namoro e se casou aos 25 anos de idade.
Logo após isso, ele mudou de emprego, com a experiência que já tinha adquirido, passou a trabalhar para outra grande empreiteira da capital, já com “quase” status de engenheiro. Bem merecido ele se esforçou muito para isso! Em 1976, já formado, foi trabalhar na construção da Usina de Itaipu, onde a sua empresa era também consorciada, de um grupo de cinco grandes empreiteiras.
Aí ele fez a vida, quadruplicou o salário, ficou conhecido no meio empresarial do ramo, e teve todo o sucesso que merecia. E tudo isso começou porque, eu acreditei nele, e o ensinei a desenhar Projetos de Arquitetura. No término da obra, foi convidado por um amigo de nossa terra, que era vice-presidente de outra empreiteira de médio porte, para assumir a Diretoria Comercial, em Brasília, mudou-se para lá em 1984 e fez muitas amizades no meio politico e social da capital federal.
Após algum tempo, (segundo versão do Marciano) ele convenceu um determinado ministro a fazer um contrato de uma obra com a sua empresa, mas o tal ministro queria receber US$ 200.000,00, em Brasília tudo é assim, como mundo sabe. Mas o vice-presidente veio à Brasília (morava na capital de MG) trazer o dinheiro e fez questão de ir ao Ministério com o Marciano levar o dinheiro e conversar com o Ministro.
A reunião foi agendada, e lá foram os dois para o encontro com o Ministro. Chegando lá, sentaram na antessala, para aguardar serem recebidos (o vice-presidente e o Marciano). Em dado momento chegou até eles um “pretenso” funcionário de alto escalão do Ministério, que perguntou a eles se eles tinham levado a propina. Argumentou que levaria a pasta com o dinheiro para Ministro, para não ficar constrangedor para todos.
Após isso, ficaram esperando mais umas três horas e nada de serem atendidos. Então o Marciano se levantou e foi até à secretária e perguntou se o Ministro iria recebê-los logo, mas a moça disse que naquele dia não tinha nenhuma audiência marcada com o Ministro, pois ele estava viajando.
O vice-presidente e o Marciano (?) levaram um grande susto, e chegaram à conclusão que eles tinham sido vítimas de um grande golpe (SERÁ?). Foram embora, tendo o vice-presidente como testemunha, a empresa não disse nada a ele. Mas, daí uns seis meses (coincidência ou não) o Marciano comprou um terreno no Lago Sul (o melhor bairro de Brasília, um setor somente de grandes mansões), por exatamente US$ 200.000,00!!!!!!!
O vice-presidente e o Marciano (?) levaram um grande susto, e chegaram à conclusão que eles tinham sido vítimas de um grande golpe (SERÁ?). Foram embora, tendo o vice-presidente como testemunha, a empresa não disse nada a ele. Mas, daí uns seis meses (coincidência ou não) o Marciano comprou um terreno no Lago Sul (o melhor bairro de Brasília, um setor somente de grandes mansões), por exatamente US$ 200.000,00!!!!!!!
A empresa, onde era diretor mantinha uma “Casa de Visitas” no Lago Sul, um verdadeiro palácio, uma mansão, com oito suítes, com piscina, quadra de tênis, churrasqueira com salão de festas para uns 200 convidados, com vários empregados, vários carros e com toda mordomia.
Mas na verdade essa casa era um verdadeiro prostibulo, onde o Marciano contratava “garotas de programa” em São Paulo, no Rio de Janeiro, e mesmo em Brasília, para atender seus convidados políticos, grandes autoridades. “Mas, é claro, ele também tirava uma casquinha” em dias de orgia. Lá era frequentado pelo Presidente da República, Ministros, Senadores, Deputados e outros altos funcionários do primeiro escalão do governo, além, também de militares de alta patente.
E foi tocando a vida, e conseguiu muitas obras para sua empresa, não somente obras federais, mas também obras de outros estados.
Em 1989, por ocasião da campanha eleitoral para Presidente da República, com vários candidatos, mas tinha um que se despontava, era Governador do Estado de Alagoas, o Sr. A. Fanando Arco-íris, que se dizia “caçador de marajás” (funcionários públicos que ganham além da normalidade e não faziam nada).
Em 1989, por ocasião da campanha eleitoral para Presidente da República, com vários candidatos, mas tinha um que se despontava, era Governador do Estado de Alagoas, o Sr. A. Fanando Arco-íris, que se dizia “caçador de marajás” (funcionários públicos que ganham além da normalidade e não faziam nada).
E quando esse candidato estava com 40% nas pesquisas de preferencia de votos, o Marciano resolveu dar uma cartada grande, e foi até Maceió, oferecer ao candidato alguma ajuda. Ele, o Sr. A. Fanando, pediu que ele ajudasse a arrecadar fundos para a campanha, ele estava necessitando de mais ou menos US$ 40 milhões. Apresentou ao Marciano o Tesoureiro da campanha, o Sr. Pedro Carlos Farah, e pediu que saíssem a campo para conseguir esse dinheiro.
Depois de cinco meses visitando todas as empreiteiras que o Marciano conhecia, no Brasil inteiro, eles conseguiram arrecadar US$ 80 milhões!!!! O Marciano comentou com o Sr. Pedro Carlos (P.C. Farah, que se tornou seu grande amigo), que o candidato a Presidente, Sr. A. Fanando, iria ficar muito feliz, pois eles tinham conseguido o dobro daquela meta estabelecida pelo candidato.
Mas aí o Pedro disse, “Marciano, o A. Fanando somente precisa de US$ 40 milhões, temos US$ 80, então vamos entregar os US$ 40 milhões e os outros US$ 40, vamos rachar”! Foi aí que o Marciano ficou milionário da noite para o dia, nem ele esperava isso, recebeu US$ 20 milhões “em cash” e guardou na casa dele, num cofre que ele tinha no seu quarto, que tinha um tampão de madeira, redondo, parecia uma mesa, e ninguém desconfiava que ali tivesse um cofre. Guardou lá sua fortuna e ficou quieto, precisava “lavar a grana”!!
Mas aí o Pedro disse, “Marciano, o A. Fanando somente precisa de US$ 40 milhões, temos US$ 80, então vamos entregar os US$ 40 milhões e os outros US$ 40, vamos rachar”! Foi aí que o Marciano ficou milionário da noite para o dia, nem ele esperava isso, recebeu US$ 20 milhões “em cash” e guardou na casa dele, num cofre que ele tinha no seu quarto, que tinha um tampão de madeira, redondo, parecia uma mesa, e ninguém desconfiava que ali tivesse um cofre. Guardou lá sua fortuna e ficou quieto, precisava “lavar a grana”!!
Quando candidato recebeu os US$ 40 milhões, ele ficou entusiasmado e disse ao Marciano que iria dar a ele um cargo no governo, caso ele ganhasse as eleições. E ganhou disparado!!
Marciano foi nomeado e empossado como Ministro dos Transportes. E aí começou a movimentação das "empreiteiras contribuintes” para conseguir obras federais. O Marciano, por determinação do Presidente, já empossado, tinha um plano de recuperar uns 50.000 km de rodovias federais, e começou o processo, onde ele tinha uma previsão de ganhar US$ 100 milhões de propina. Já estava falando a língua dos políticos!!
Marciano foi nomeado e empossado como Ministro dos Transportes. E aí começou a movimentação das "empreiteiras contribuintes” para conseguir obras federais. O Marciano, por determinação do Presidente, já empossado, tinha um plano de recuperar uns 50.000 km de rodovias federais, e começou o processo, onde ele tinha uma previsão de ganhar US$ 100 milhões de propina. Já estava falando a língua dos políticos!!
Mas aí, a imprensa notou as “maracutais”, e a Folha de São Paulo começou a “descer a lenha” e aí toda a imprensa falada, impressa e televisionada começaram a publicar as possíveis ações do Marciano, e foi tanta pressão, que ele durou somente de Março a Outubro de 1990..
Chegou com “muita sede ao pote”. Poderia ter ido com mais calma, mas as empreiteiras que tinham contribuído na campanha, queriam o retorno do “investimento” rapidamente. E assim se encerrou a carreira política do Dr. Marciano.
Chegou com “muita sede ao pote”. Poderia ter ido com mais calma, mas as empreiteiras que tinham contribuído na campanha, queriam o retorno do “investimento” rapidamente. E assim se encerrou a carreira política do Dr. Marciano.
Mas ele tinha US$ 20 milhões e agora necessitava “lavar o dinheiro rápido” para dar inicio a algum empreendimento. Parte desse dinheiro foi mandada para um paraíso fiscal, na América Central, até que o dinheiro pudesse aparecer.
Na ocasião em que o Marciano trabalhava comigo no escritório de Arquitetura, e foi “expulso” pelo engenheiro, eu também fiquei muito aborrecido e pedi minha demissão.
Na ocasião em que o Marciano trabalhava comigo no escritório de Arquitetura, e foi “expulso” pelo engenheiro, eu também fiquei muito aborrecido e pedi minha demissão.
Fui para São Paulo em 1965, outra vez, e viajava todo feriado prolongado. E no final de 1966, inicio de 67, na estrada, quando atravessávamos o rio, que dividia um estado do outro, comecei a notar, grandes placas, na beira da estrada que dizia “CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE JAGUARA, etc., etc.”, Eu nunca tinha pisado numa barragem, e nunca vi uma gigantesca obra em construção. Como eu tinha curso técnico de Projetos de Arquitetura e Projetos Mecânicos, e resolvi um dia, descer do ônibus na portaria da obra, faltando ainda 100 km., para chegar à minha cidade. Fui até à obra, mais pela curiosidade.
Ao chegar em frente ao escritório de recrutamento da empreiteira, vi que era uma grande empreiteira da capital do meu estado, e tinha uma grande placa que oferecia serviços para diversas funções. Entrei e fui conversar com o Chefe de Recrutamento e comecei a especular, contei a ele o meu conhecimento, e perguntei se tinha alguma chance de conseguir um emprego por ali.
Naquela época era muito difícil recrutar pessoas para obras no interior do Brasil. Ninguém queria sair da cidade e ir morar no meio do mato!!
Naquela época era muito difícil recrutar pessoas para obras no interior do Brasil. Ninguém queria sair da cidade e ir morar no meio do mato!!
Como eu tinha experiência em Custos e formação técnica, foi me oferecido um cargo de Auxiliar Técnico, fiz os testes e passei.
O meu entrevistador anotou meu telefone de São Paulo e disse que ligaria na semana seguinte. Eu achei que eles jamais ligariam, pois eu novato naquele ramo
sem nenhuma experiência, era uma jogada incerta!
O meu entrevistador anotou meu telefone de São Paulo e disse que ligaria na semana seguinte. Eu achei que eles jamais ligariam, pois eu novato naquele ramo
sem nenhuma experiência, era uma jogada incerta!
Fui embora para minha terra, e no domingo retornei a São Paulo.
Esqueci-me do assunto, e trabalhei no banco normalmente ainda uns 20 dias, quando recebi um telefonema, (naquela época interurbanos eram precários, ouvia-se muito mal e tinha que falar gritando), era a empreiteira de Jaguara, confirmando meu inicio imediato.
Desliguei o telefone, e fui até a gerência e pedi minha demissão.
Esqueci-me do assunto, e trabalhei no banco normalmente ainda uns 20 dias, quando recebi um telefonema, (naquela época interurbanos eram precários, ouvia-se muito mal e tinha que falar gritando), era a empreiteira de Jaguara, confirmando meu inicio imediato.
Desliguei o telefone, e fui até a gerência e pedi minha demissão.
Tomei o ônibus na mesma noite, e de manhã seguinte estava chegando à obra com a minha malinha “mixuruca”. Fui direto ao Setor de Recursos Humanos e me apresentei, depois de exame médico, e as devidas assinaturas em vários documentos, um dos auxiliares me levou até à pessoa que seria meu chefe.
Um espanhol de meia idade, meio carrancudo, e solicitou a um dos auxiliares, como eu, que me levasse lá no local da construção para conhecer a obra. Quando vi “aquilo Tudo”, tamanha grandeza da obra, eu “gelei” e pensei “será que vou dar conta desse trabalho”?
Um espanhol de meia idade, meio carrancudo, e solicitou a um dos auxiliares, como eu, que me levasse lá no local da construção para conhecer a obra. Quando vi “aquilo Tudo”, tamanha grandeza da obra, eu “gelei” e pensei “será que vou dar conta desse trabalho”?
O rapaz, meu colega que me mostrava a obra era formado em curso Técnico de Construção Civil e já tinha alguma experiência. E cordialmente me disse que podia contar com ele, para tirar qualquer dúvida.
E aí já me aliviei um pouco. Fui morar num alojamento “tipo hotel”, que eles chamavam de república, onde residiam, técnicos, chefes de seção, engenheiros solteiros e outros com curso superior em quartos (com banheiro e ar condicionado) para duas pessoas. E coincidentemente o meu colega de quarto era o mesmo colega que mostrou a obra.
E aí já me aliviei um pouco. Fui morar num alojamento “tipo hotel”, que eles chamavam de república, onde residiam, técnicos, chefes de seção, engenheiros solteiros e outros com curso superior em quartos (com banheiro e ar condicionado) para duas pessoas. E coincidentemente o meu colega de quarto era o mesmo colega que mostrou a obra.
Para mim estava no céu, perto da minha terra natal, hotel por conta da empresa, somente era rateado entre nós as despesas com alimentação. Estava muito feliz, mas sabia que teria que fazer um esforço gigantesco para competir com meus colegas e manter o meu emprego.
E comecei a estudar, com a ajuda do colega de quarto, à noite, técnicas de construção civil. Comprei vários livros indicados pelo colega, e comecei a lê-los, o que eu não entendia ele me explicava na maior boa vontade! Comecei a trabalhar na equipe, que cuidava de pesquisar custos para cada item de construção, para atender ao Setor de Concorrências na matriz.
E eu estava me virando e aprendendo mais no meu dia a dia, tornei-me um “Caxias, mais esforçado” e trabalhando até fora dos horários previstos, sem mesmo ganhar horas extras, para mostrar serviço e angariar a confiança do chefe. Fazia meu trabalho com muito capricho, com muita atenção, queria fazer o melhor possível! E funcionou, logo me chefe, começou a me elogiar, depois do período de experiência meu salário foi para Cr$ 1.200,00, o que para mim foi ótimo, já deu para comprar um fusquinha 66 usado, mas em bom estado!
Estava dando tudo certo. E nos finais de semana eu ia pra minha cidade no meu fusquinha, todo entusiasmado!!! Casei-me no inicio de 1.968, com minha namorada, que eu tinha na minha cidade, desde 1.963. E a empresa fornecia casa para morar na vila residencial, no meu caso era uma casa de madeira pré-fabricada, com dois quartos, mas estava bom demais! Trabalhei naquela obra, onde fiz muitas amizades, com colegas e superiores.
O nosso chefe da obra era filho do dono da empreiteira, e me tratava muito bem! Era uma pessoa de um coração imenso, ajudava no que podia, todos os seus empregados. Todos veneravam o Dr. Márcio. Fiquei até o final, e após o termino eu fui solicitado pelo Dr. Márcio, para tomar conta da desmobilização da obra, já que não tinha ninguém superior a mim, trabalhando na obra, todos tinham sido transferidos para outros lugares.
No final do ano de 1.971, como já estávamos desmontando tudo, inclusive as casas pré-fabricadas, minha esposa e minha filha (eu já tinha uma filha nascida em 1.969) se mudaram para a minha cidade, e eu ia todo final de semana. Minha esposa esperando o segundo filho, e eu ficava preocupado, e às vezes até no meio da semana, ei ia também.
No inicio de 1972, com minha esposa fazendo o pré-natal na nossa cidade, e já estava prestes a dar a luz a mais filho, de nosso casamento muito feliz!
Numa madrugada de 15 de janeiro de 1972, recebi a visita de meu pai, que viera me buscar na obra, porque já não tínhamos mais telefones, pois minha esposa já estava no hospital em trabalho de parto. Apressei-me e chegamos à nossa cidade por volta de 5:30 hs., do dia 15/01/72, e soube que meu filho, um homenzinho, tinha nascido ainda no dia anterior, mas minha esposa continuava na sala de cirurgia porque ela teve uma hemorragia, e estavam tratando dela.
Numa madrugada de 15 de janeiro de 1972, recebi a visita de meu pai, que viera me buscar na obra, porque já não tínhamos mais telefones, pois minha esposa já estava no hospital em trabalho de parto. Apressei-me e chegamos à nossa cidade por volta de 5:30 hs., do dia 15/01/72, e soube que meu filho, um homenzinho, tinha nascido ainda no dia anterior, mas minha esposa continuava na sala de cirurgia porque ela teve uma hemorragia, e estavam tratando dela.
Por volta de 7:00 hs., da manhã, o médico aparece no quarto, onde todos nós (eu, minha família e a família dela) estávamos esperando por ela e nos disse abruptamente “sua esposa faleceu, não tive como estancar a hemorragia”.
Eu não sabia o que fazer, e perguntei, “onde ela está?”, o médico me respondeu, “que estava na sala de cirurgia”. Levantei-me da cadeira e corri em direção àquela sala, quiseram me barrar, mas não conseguiram e quando entrei na sala, a encontrei sem vida deitada numa maca, coberta com um lençol, e o chão que era branco “parecia um lago vermelho” sangue, como eu nunca vi em toda minha vida! Nós com três anos de casamento, ela, iria completar no próximo dia 16, 23 anos de idade!!!
Fiquei “completamente louco, fora de mim”, me buscaram naquela sala, e quando “caiu a ficha”, meu pai já tinha me levado para a casa dele, onde estava minha filha mais velha. O bebê sobreviveu sem problemas, mas ficou na maternidade, para acompanhamento médico, até a sua alta.
Alguns dias depois, minha mãe e eu, fomos buscar o bebê no hospital, e o levamos para a casa de meus pais, onde a minha filha mais velha já estava. E meus filhos passaram a viver com meus pais, e eu continuei trabalhando nas Obras de Jaguara, até terminar a desmobilização total da obra. Logo em seguida fui transferido para outra obra, a Usina Hidrelétrica de Marimbondo. Chegando lá encontrei vários colegas conhecidos anteriormente, alguns até mais amigos.
Fui promovido a Chefe de Setor de Custos, e passaram seis meses. Mas eu, não me sentia bem (eu acho que era depressão, mas na época ninguém conhecia essa doença e o tempo foi passando).
Fui promovido a Chefe de Setor de Custos, e passaram seis meses. Mas eu, não me sentia bem (eu acho que era depressão, mas na época ninguém conhecia essa doença e o tempo foi passando).
Um dia já sufocado pela solidão, sem a minha querida mulher, e longe de meus filhos, eu fui até ao Chefe da Obra para pedir minha demissão. Mas ele (o Chefe da Obra), era uma pessoa formidável e começou a me perguntar sobre os motivos de eu querer me demitir. Contei a ele, que eu queria ir embora para ficar perto dos meus filhos, e que estava sentindo muita solidão, sozinho num quarto de hotel.
Ele entendeu o meu problema e me fez a seguinte proposta, eu traria meu pai, e todos lá de casa para Marimbondo, a empresa iria me fornecer uma casa, e aí eu poderia ficar novamente com a família.
Ele entendeu o meu problema e me fez a seguinte proposta, eu traria meu pai, e todos lá de casa para Marimbondo, a empresa iria me fornecer uma casa, e aí eu poderia ficar novamente com a família.
Mas eu argumentei que meu pai era ainda muito novo, trabalhava na minha terra, tinha um caminhão, e vivia dos rendimentos daquele caminhão, e que não podia ficar sem seus rendimentos, porque nossa despesa era grande, ele não iria se dar bem em ficar parado, sem trabalho. O Chefe me propôs que trouxesse toda a família, e que a empresa estava necessitando alugar duas kombis VW, e se meu pai vendesse o caminhão e comprasse as kombis, ele as alugaria dele, e aí ficaria mais tranquilo, para todos nós.
Aí eu me entusiasmei, e fui à minha cidade no final da semana e contei ao meu pai, os meus planos para ele e nossa família, e ele ficou entusiasmado, e concordou prontamente.
Em seguida mudamos para Icém/SP, onde ficavam as obras da Usina. Fomos morar numa casa boa, de alvenaria, novinha, bom acabamento, na Vila Residencial de Furnas com direito a usar o clube, o restaurante do hotel, e logo meu pai começou a trabalhar, primeiro com uma Kombi só, depois comprou outra. Vivemos felizes naquela casa!
Em seguida mudamos para Icém/SP, onde ficavam as obras da Usina. Fomos morar numa casa boa, de alvenaria, novinha, bom acabamento, na Vila Residencial de Furnas com direito a usar o clube, o restaurante do hotel, e logo meu pai começou a trabalhar, primeiro com uma Kombi só, depois comprou outra. Vivemos felizes naquela casa!
Durante minha estada na obra de Marimbondo, conheci em Icém/SP uma pessoa, que muito me agradou, parecia que ela gostava de mim, e eu passei a gostar muito dela. Depois de dois anos de viuvez, e namorando essa pessoa, me casei, e é a mesma que estou casado até hoje.
Era uma mulher humilde, de um gênio muito bom, sempre tolerando meus impropérios e com muita sabedoria e paciência para me ajudar a criar meus dois filhos. Era uma moça de 24 anos, professora, de um bom nível social, e se dispôs a me ajudar na criação de meus filhos, órfãos de mãe! Parecia-me uma pessoa de bom caráter e sincera, mas muito calada e reservada. Era essa pessoa que eu aprendi a amar, e me ajudou a reconstruir a minha vida.
Casei-me em 12/1973, e fomos morar naquela casa até o final da obra no inicio de 1976. Ali, durante esse período nasceu mais uma filha minha e dela, e foi uma alegria maior em todos da casa, principalmente os dois filhos mais velhos. No término da obra, e a minha empresa iria me transferir para as obras de Itaipu, que estavam iniciando, no mesmo cargo que já exercia em Marimbondo.
Mas nessa época recebi também um convite para trabalhar em outra grande empreiteira, com salário e condições melhores, e fomos para o Rio Grande do Sul, eu trabalhando em obras de ferrovia.
Mas nessa época recebi também um convite para trabalhar em outra grande empreiteira, com salário e condições melhores, e fomos para o Rio Grande do Sul, eu trabalhando em obras de ferrovia.
Sempre na área de engenharia (Custos e Controle de Obra, Medições, Faturamento, Projetos, Topografia e outros), e acabei me aperfeiçoando meus conhecimentos muito em área de engenharia civil, e ganhei a confiança dos novos patrões. No RS, durante o tempo das obras que estive trabalhando, consegui fazer dois anos de um curso de engenharia civil. E quando fui transferido, tranquei a matrícula.
Fiz uma bela carreira naquela empresa. Em 1977 fui transferido para MG, quando terminei meu curso de engenharia numa cidade do interior de São Paulo (curso à distancia), mas desta vez de engenharia de agrimensura, e também onde consegui fazer um curso de Administração de Empresas na PUC/MG, e pós-graduação na PUC/CAMP.
Fui transferido para uma obra em Cubatão, onde fui promovido outra vez, para Chefe de Divisão de Administração, com responsabilidade pelos setores de Tesouraria, Recrutamento, Treinamento, Recursos Humanos, Almoxarifado, Suprimentos/Compras, Restaurantes, alojamentos, manutenção do canteiro e Vila Residencial (Ilha Solteira), transportes, segurança do trabalho, medicina do trabalho, posto de atendimento médico e odontológico para as famílias. Depois da transferência para Cubatão, fui transferido, finalmente, para a Hidrelétrica de 3 Irmãos, onde encerrei minha carreira em obras de grande porte, e parei de trabalhar de empregado.
Em 1992, o Marciano me convidou a ir para Brasília, para montarmos algum negócio e ajuda-lo a colocar o dinheiro em circulação, mas eu tinha já 32 anos de contribuição no INSS, faltava pouco para a aposentadoria e inicialmente recusei o convite, mas como ele precisava de “um laranja” de sua confiança. Insistiu comigo, muitas vezes, insistiu tanto que acabei cedendo e fui embora para Brasília. Até então eu e Marciano nunca tivéramos alguma rusga que fosse relevante, era meu irmão e eu gostava muito dele.
Inicialmente abrimos uma empresa de “lobby” e uma construtora, que seria mais tarde uma empresa que faturaria cerca de R$ 30 milhões por mês. Ele tinha trocado o terreno dele no Lago Sul por outro muito maior (3.000 m2.) e queria fazer uma mansão, para manter seu “status”.
A construtora foi fazer a mansão, e eu fiquei na empresa de consultoria (lobby), trabalhando muito, até porque eu não conhecia nenhuma autoridade em Brasília e nem a rotina da corrupção que sempre existiu nos meios políticos aqui em nosso país. E o Marciano ficou tomando conta da empreiteira, e construindo a sua mansão.
E muitas vezes com a empresa de consultoria faturando bem, eu tinha que dar um apoio(?) financeiro para a construtora, até porque ela não tinha entrada de caixa, a não ser o dinheiro do Marciano, que colocava para bancar a construção, mas que tinha que ser dosado esse investimento, para não dar problema com o fisco.
Mas após algum tempo, já começamos a nos desentender, pois na ganancia que ele tinha, ele estava obcecado em ganhar mais e sempre mais dinheiro. Discutíamos às vezes, porque ele chegou a desconfiar de minha pessoa, achando que eu estava roubando da empresa, até um dia que ele surtou e brigamos feio, me chamou de ladrão, quis ver meus extratos bancários.
Mas após algum tempo, já começamos a nos desentender, pois na ganancia que ele tinha, ele estava obcecado em ganhar mais e sempre mais dinheiro. Discutíamos às vezes, porque ele chegou a desconfiar de minha pessoa, achando que eu estava roubando da empresa, até um dia que ele surtou e brigamos feio, me chamou de ladrão, quis ver meus extratos bancários.
Mas quando acalmou, eu o chamei para termos uma conversa em particular, entramos no carro e paramos numa rua qualquer, debaixo de uma árvore, e argumentei: “Marciano, nosso pai já é morto (faleceu em 1977), somos somente dois únicos irmãos do sexo masculino, vamos nos relacionar bem, tratando um ao outro com respeito e confiança, até pra que nossa mãe fique mais tranquila conosco”. Ele me respondeu “na lata” com toda frieza; “NÃO QUERO NEM SABER, O MEU NEGÓCIO É DÓLAR, PARA MIM NÃO TENHO AMIGOS, NÃO TENHO PARENTES, EU QUERO É VER AS VERDINHAS ENTRAREM, O RESTO É O RESTO”.
Assustei com aquela resposta e fiquei muito apreensivo, já tinha mais de um ano que eu estava em Brasília. Tinha contratado um advogado para reaver em juízo a minha poupança que o Sr. A. Fanando e sua Ministra havia surrupiado de todos os brasileiros. E já tinha conseguido reaver uma parte, minhas economias de uma vida inteira. Não quis fazer nada precipitado, e com mais algumas economias de Brasília, eu tinha dinheiro para montar um pequeno negócio para mim, longe de Brasília, na minha terra ou na cidade de minha mulher (Icém/SP).
Na época o dólar americano era mais valorizado, e eu não colocava minhas economias na poupança mais não, estava com medo de outro golpe do governo. Tinha guardado, uns US$ 50 mil, o nosso dinheiro ainda era cruzados novos, ou cruzeiros, não me lembro ao certo. E comecei a especular algum negócio que eu pudesse trabalhar sozinho e ir embora de Brasília.
Acabei comprando um pequeno posto de combustível numa cidade do interior de São Paulo, em 01/1993, (60.000 litros/mês) e resolvi me mudar para aquela cidade. Vendi para o Marciano as minhas cotas nas empresas, e “caí fora” eu e minha família.
A partir daí, o meu negócio dava para fazer as despesas com a família, mas não pude nem comprar uma casa para morar. O Marciano, depois que fui embora, ele inventou uma viagem lá para aquela região onde eu estava e foi somente conferir o tamanho do meu posto, e como eu estava vivendo para verificar se eu tinha roubado dele.
A partir daí, o meu negócio dava para fazer as despesas com a família, mas não pude nem comprar uma casa para morar. O Marciano, depois que fui embora, ele inventou uma viagem lá para aquela região onde eu estava e foi somente conferir o tamanho do meu posto, e como eu estava vivendo para verificar se eu tinha roubado dele.
Quando ele viu o postinho velho, necessitando de uma reforma, e eu morando numa casa alugada de 57 m2., com toda família, ele chegou à conclusão de que eu não tinha roubado nada dele, e me deixou em paz, e ficamos 11 anos sem falarmos, nem por telefone. A mansão dele em Brasília tinha 2.400 m2 de área coberta, num terreno de 3.200 m2. E nunca me ajudou, somente me explorou durante minha estada em Brasília. Mas Graças a Deus, e com muito trabalho consegui formar todos os meus filhos, embora tivesse uma vida mais simples e sacrificada.
Acabei entrando em outros negócios naquela cidade, me associei a alguns amigos para comprarmos um naco de terras nas margens da represa de Marimbondo, para fazermos um loteamento de turismo e isso foi muito bom, depois de feito o loteamento, tivemos um retorno do investimento acima de nossa expectativa. E foi assim que resolvemos vender o posto em 2004 e mudarmos para São José do Rio Preto. Eu estava meio depressivo, pela venda do posto e em tratamento médico.
Em 06/2005, recebi uma ligação do Marciano, com a voz suave, com muita educação, coisa que ele não tinha mais (ele se acha ministro até hoje), me pedindo que fosse à Brasília, que ele estava com problemas com a construtora (ele estava construindo prédios residenciais e entrou “de sola” no ramo imobiliário) e me pedindo que fosse ajuda-lo a resolver alguns problemas com as vendas de apartamentos, porque o Gerente de Vendas dele era o filho mais velho, mas tinha abandonado a construtora depois de uma briga séria briga com o Marciano.
A principio eu me recusei, porque eu já sabia que não ia dar certo, ele se tornou o tipo de pessoa que lhe trata muito bem, enquanto ele precisa de você, depois que ele não precisa mais dos serviços daquela pessoa, ele a descarta, como jogar sapato velho no lixo. Por isso eu me recusei a atendê-lo. Ele continuou ligando, insistindo, depois de umas cinco ou seis ligações, até aconselhado pela minha família, me dizendo que esse trabalho poderia me ajudar no tratamento da depressão. Depois de muita insistência eu fui.
Quando cheguei em Brasília verifiquei que o problema do Marciano era a queda nas vendas e que ele necessitava recuperar logo, senão estava arriscado a falir a construtora.
Quando cheguei em Brasília verifiquei que o problema do Marciano era a queda nas vendas e que ele necessitava recuperar logo, senão estava arriscado a falir a construtora.
Fizemos várias reuniões, ele, a filha dele, que trabalha como Diretora Comercial, nossa irmã caçula, que é Diretora Administrativo/Financeiro.
Suas vendas estavam paradas e ele queria que eu constituísse uma equipe de corretores de imóveis rapidamente para reerguer as vendas. Alguns dias depois, na reunião eu dei a solução, formar uma equipe de corretores iria demorar muito, suas vendas não podiam esperar. Então a solução que eu dei foi a seguinte:
Iriamos contratar a maior imobiliária de Brasília, com grande potencial, com uma equipe de quase 200 corretores, mas fazer um contrato, com uma cláusula de venda mínima mensal.
Suas vendas estavam paradas e ele queria que eu constituísse uma equipe de corretores de imóveis rapidamente para reerguer as vendas. Alguns dias depois, na reunião eu dei a solução, formar uma equipe de corretores iria demorar muito, suas vendas não podiam esperar. Então a solução que eu dei foi a seguinte:
Iriamos contratar a maior imobiliária de Brasília, com grande potencial, com uma equipe de quase 200 corretores, mas fazer um contrato, com uma cláusula de venda mínima mensal.
Procuramos a imobiliária, e fizemos uma proposta de pagar uma comissão maior do que a imobiliária recebia de outros clientes dela, iriamos pagar por fora os seus corretores que vendessem nossos apartamentos, e instituir prêmios pra o corretor que vendesse mais dentro do mês, e ficou acordado que daríamos 1% por nossa conta aos corretores, em todas as vendas e na venda de uma cobertura, o corretor ganharia um carro popular (Celta), além da sua comissão, quem vendesse mais apartamentos no período de um ano, ganharia uma viagem com acompanhante para o exterior, a escolha do corretor, uma viagem de 15 dias. Mas nossa exigência com a imobiliária era que ela colocasse tudo isso em contrato.
E com uma venda mínima de cinco apartamentos (apartamentos de alto luxo, com preços, na época entre R$ 400.000,00 a R$ 1 milhão cada um) por mês, caso não conseguisse atingisse a meta, pagava uma multa do valor de um apartamento. Todos os diretores da Imobiliária concordaram, e iniciaram as vendas, a meta foi cumprida na primeira semana do contrato, e foram subindo mais e mais, dando a chance da construtora ampliar suas incorporações para vender mais. E esse problema foi resolvido definitivamente depois de 3 meses.
O Marciano quis negociar comigo o valor de meus honorários do serviço de consultoria, eu disse a ele, que estava em Brasília para ajuda-lo e não queria ganhar nada, a sua amizade me bastava. E disse, agora estou indo embora para minha casa, cumpri a minha missão com você!!
Imediatamente ele me disse que iria construir um condomínio em Valparaiso de Goiás (divisa com DF), que seria em torno de 450 apartamentos, financiados pela CEF (já era o principio do plano federal “Minha Casa, Minha Vida”), era procurar o cliente preencher a proposta e entregar na CEF, fui apresentado aos diretores da CEF, pelo Marciano, como Gerente de Vendas da empresa, e ele disse que me pagaria uma comissão nas vendas de 5%, menos que da Imobiliária que era de 6%, mas somente iria me pagar no inicio das obras.
Imediatamente ele me disse que iria construir um condomínio em Valparaiso de Goiás (divisa com DF), que seria em torno de 450 apartamentos, financiados pela CEF (já era o principio do plano federal “Minha Casa, Minha Vida”), era procurar o cliente preencher a proposta e entregar na CEF, fui apresentado aos diretores da CEF, pelo Marciano, como Gerente de Vendas da empresa, e ele disse que me pagaria uma comissão nas vendas de 5%, menos que da Imobiliária que era de 6%, mas somente iria me pagar no inicio das obras.
A renda mínima familiar exigida pela CEF era de R$ 5.000,00 (na época) e eu teria que vender o maior numero possível de apartamentos para viabilizar o inicio das obras. Ele achou que eu não ia dar conta de vender os apartamentos, primeiro porque eu não tinha nenhuma experiência como corretor de imóveis, não conhecia ninguém em Brasília, ele fez isso sabendo que eu não conseguiria vender, e aí ele poderia me qualificar de incompetente e incapacitado, sem me pagar nada. Humilhar as pessoas, era seu objetivo, seus empregados eram tratados com soberba e truculência.
Passou-me todas as coordenadas, as regras da CEF, preços, localização, etc., e sai a campo para fazer minhas vendas. Depois de quase um mês, eu estava quase desistindo, quando um amigo antigo, que também era corretor de imóveis, me disse que o salário inicial na PM do DF, era de R$ 5.000,00, e foi comigo no Comando Geral da PM, onde descobrimos que eles mantinham por lá um mini shopping, com supermercado, e muitas lojas, além de um grande restaurante.
Ajudou-me a ter contato com o coronel-comandante, e eu pedi a ele para colocar uma mesa e umas cadeiras, num corredor perto do restaurante e do supermercado, e expliquei a ele (coronel) as condições das vendas, ele achou interessante e autorizou a ocupar um pequeno espaço no lugar onde eu queria. Relatei tudo ao Marciano e ele ficou meio incrédulo e me disse, que como eu trabalharia como autônomo, ele não bancaria nenhuma despesa com as vendas, teria que ser por minha conta.
Mandei fazer alguns banners, cartazes, coloquei uma mesinha de plástico com quatro cadeiras, e iniciei minha epopeia. Eu também não acreditava muito em mim! Mas no final de noves meses eu já tinha vendido 385 apartamentos de dois e três quartos, e enviado as propostas para a CEF, das quais ela já tinha sido aprovadas 220 vendas. Nesse período aproveitei para fazer um curso de corretor de imóveis, numa escola por indicação do CRECI, e no final passei em todas as provas e consegui meu registro.
Naquele momento, longe de casa há mais de um ano, morando na casa de minha mãe e minha irmã que trabalhava para o Marciano, estava numa situação incomoda e conversei com o Marciano, dizendo que eu queria ir embora para casa, a tarefa estava praticamente cumprida, outro corretor poderia terminar o meu trabalho.
E disse a ao Marciano que passaria no escritório no dia seguinte. No outro dia quando o Marciano chegou, eu entrei na sala dele, não tinha ninguém além dele mesmo, para tratar do assunto da minha saída e do meu acerto das comissões, e que eu queria um documento, que comprovasse seu compromisso anteriormente acertado comigo e me pagasse parcelado, como nos havíamos combinado.
Tinha tudo registrado no computador da minha irmã que ela me emprestou, para trabalhar, lá na casa de minha mãe e fiz todos os registros das vendas, com nomes, endereços, CPF’s, RG’s, etc. dos compradores, tudo gravado no HD do PC. Tirei uma cópia e tinha levado comigo e calculado sem muita precisão a minha comissão, que somava na época, aproximadamente R$ 800.000,00. Quando ele viu aqueles papeis me tomou da minha mão e disse que iria conferir e que eu esperasse lá fora, na sala de espera, que a secretaria , na hora certa me iria adentar a sua sala, novamente.
Fiquei o dia inteiro sentado aguardando a minha chamada, e quase ao final do expediente, eu entrei na sala do Marciano e perguntei se nós já podíamos conversar. Ele perguntou se a secretária já tinha me chamado, eu disse não, ele rispidamente, me disse: “se retire daqui, que estou muito ocupado e somente entre na minha sala, quando a secretária lhe chamar”.
Eu quis falar alguma coisa, mas ele estourou, “ponha-se daqui para fora, e amanhã não precisa vir aqui não, quando eu quiser falar com você eu ligo para você”!! Fiquei com muita raiva, mas não falei nada, para não haver brigas.
Chegando em casa, imprimi outra listagem das vendas e fiz uma carta para a construtora, dizendo que eu não poderia ficar aguardando a “boa vontade” do Marciano (Presidente da empresa), para fazer o acerto e que ia deixar meus papeis com meu advogado, para eu ele acertasse tudo por mim, e no outro dia protocolei a documentação junto à secretária e fui embora.
Chegando em casa, imprimi outra listagem das vendas e fiz uma carta para a construtora, dizendo que eu não poderia ficar aguardando a “boa vontade” do Marciano (Presidente da empresa), para fazer o acerto e que ia deixar meus papeis com meu advogado, para eu ele acertasse tudo por mim, e no outro dia protocolei a documentação junto à secretária e fui embora.
Fui até o shopping da PM, para conseguir umas caixas de papelão, para embalar minha bagagem e ir embora. Deixei os documentos com o advogado que contratei e disse para ele entrar em contato com o Marciano mais tarde. Quando cheguei em casa com as caixas, o porteiro me entregou uma carta do Marciano, dizendo “que se eu fosse para a Justiça do Trabalho, mover ação contra a construtora, ele (Marciano) iria me denunciar ao INSS, por que eu estava recebendo Auxilio Doença e trabalhando na firma dele.”
Eu ainda não estava pensando nisso, não, mas fiquei com muita raiva, depois de tudo que o ajudei, trabalhando de graça para sua empresa, ele ainda vinha ame ameaçar!!! Subi para o apartamento da minha mãe para arrumar minhas coisas e ir embora. Quando cheguei ao meu quarto, qual não foi a minha surpresa, que o meu PC não estava no lugar, os cabos desconectados e o monitor sumiu.
Perguntei à minha mãe, onde estava o computador, ela me respondeu que foi o Armando, motorista do Marciano tinha vindo buscar cumprindo ordens do próprio Marciano. Fiquei muito revoltado com aquele ato arbitrário, até porque no PC tinha arquivos particulares meus, extratos bancários, Declaração de imposto de Renda e cópias de meus e-mails!!
Perguntei à minha mãe, onde estava o computador, ela me respondeu que foi o Armando, motorista do Marciano tinha vindo buscar cumprindo ordens do próprio Marciano. Fiquei muito revoltado com aquele ato arbitrário, até porque no PC tinha arquivos particulares meus, extratos bancários, Declaração de imposto de Renda e cópias de meus e-mails!!
Na hora, revoltado com essa arbitrariedade, fui até à 1ª DP/DF e registrei um Boletim de Ocorrência, por Quebra de Sigilo Bancário, Quebra de Sigilo de Correspondência e Quebra de Sigilo Fiscal, pelos meus arquivos que estavam no computador, que estava sob minha guarda e responsabilidade e foi sequestrado sem autorização judicial e o responsável estava incorrendo nos crimes acima citados, conforme o Código Penal Brasileiro.
E imediatamente fui até ao escritório do advogado, com a carta de ameaça do Marciano, entreguei ao advogado, Dr. Ubiratã Nins, e autorizei a entrar com reclamação trabalhista (aquela carta era uma confissão do próprio Presidente da empresa, que eu estava trabalhando para ele), e uma Ação Cível para receber minhas comissões. Embalei toda a minha bagagem, que estava na casa de minha mãe e fui embora para minha casa.
Depois de alguns dias, a 1ª DP/DF, abriu um inquérito policial e convocou o Marciano para depor. Mas, “saiu fora” e para não ter que responder processo, ele disse a policia que não foi ele mandou buscar o computador e quem buscou não foi o seu motorista. Disse que minha irmã, que trabalha com ele, e sua filha é que foram na casa da minha mãe buscar o PC.
Elas foram coagidas a assumir os crimes, o Marciano iria pagar advogado para elas, mas para o nome dele não aparecer em processos judiciais, e todas as duas fizeram o que ele mandou fazer. Minha mãe me ligou imediatamente e disse que tinha se enganado, que não tinha sido o Armando que buscou o computador, foram a minha irmã e minha sobrinha (filha do Marciano), o Marciano instruiu a minha mãe para fazer isso, porque se a policia descobrisse que ele estava mentido, era mais um crime de Obstrução à Justiça, que ele estaria cometendo.
Daí a pouco liguei para minha mãe outra vez, porque eu fiquei meio incrédulo, pois minha mãe mesmo já tinha me contado outra história. Mas ela não estava em casa, quem atendeu foi a empegada, e eu perguntei a ela se ela viu quem buscou o computador, ela falou que viu, que foi mesmo o motorista Armando, que dirigia o carro do Dr. Marciano, e ela confirmou que foi ela mesmo que abriu a porta para ele, e viu ele carregando o computador, então eu perguntei se não tinha sido minha irmã e minha sobrinha que levaram o PC, a empregada me respondeu que essas duas nem lá na casa da minha mãe, elas tinham aparecido.
Mais tarde liguei para minha mãe, e perguntei sobre o assunto para ela, e contei o que a empregada me disse, ela ficou muito nervosa e disse que iria mandar a empregada embora, bateu o telefone e ficou cinco anos sem falar comigo.
Passaram-se uns três meses, sem que p advogado me falasse sobre os processos que deixei com ele para entrar na Justiça, e ele me disse que não tinha dado entrada ainda. Achei estranho, pois todo advogado trabalhista entra na Justiça o mais rápido possível, até porque ele tem interesse em receber o percentual dele, por direito.
Passaram-se uns três meses, sem que p advogado me falasse sobre os processos que deixei com ele para entrar na Justiça, e ele me disse que não tinha dado entrada ainda. Achei estranho, pois todo advogado trabalhista entra na Justiça o mais rápido possível, até porque ele tem interesse em receber o percentual dele, por direito.
Mais um mês liguei outra vez, ele disse que já tinha com os dois processos e estava aguardando a tramitação. Algumas semanas depois ele me ligou para ir à Brasília para a 1ª audiência. Viajei à noite e cheguei lá na manhã do sai seguinte e fomos juntos para o Fórum Trabalhista.
Lá eu pedi ao Dr. Ubiratã solicitar o processo à Secretaria do fórum para eu dar uma olhada nos autos. Ele me disse que já estava nas mãos do juiz e que depois da audiência, ele me mostraria. Não houve acordo e o processo seguiu em frente. Esperamos acabar a audiência e fomos ver os autos.
E ali eu descobri que a carta de ameaça não estava no processo, e o valor pedido era em torno de R$ 3.000,00, então perguntei ao advogado porque ele não tinha colocado a carta de ameaça do Marciano processo, ele me enrolou e disse que não estava na hora de apresentar a carta, ela iria ser apresenta depois. Naquele momento eu sabia que iria perder a causa trabalhista. E o processo cível, ele ainda não tinha dado entrada, e me disse que entraria com o processo cível depois do trabalhista. Eu estava achando aquilo esquisito, não sou advogado, mas também não sou imbecil!!
E ali eu descobri que a carta de ameaça não estava no processo, e o valor pedido era em torno de R$ 3.000,00, então perguntei ao advogado porque ele não tinha colocado a carta de ameaça do Marciano processo, ele me enrolou e disse que não estava na hora de apresentar a carta, ela iria ser apresenta depois. Naquele momento eu sabia que iria perder a causa trabalhista. E o processo cível, ele ainda não tinha dado entrada, e me disse que entraria com o processo cível depois do trabalhista. Eu estava achando aquilo esquisito, não sou advogado, mas também não sou imbecil!!
E realmente depois de uns dois anos, veio a sentença do juiz, “perdemos mesmo o processo”. E o Dr. Ubiratã nem ia entrar com o processo cível, porque não ficou comprovado o meu vinculo com a empresa do Marciano.
Pedi ao advogado que me desse a cópia do processo e me devolvesse a carta de ameaça do Marciano. Esperei alguns meses e chegaram os documentos, mas constatei que a “bendita carta não estava no pacote”. Liguei para o Dr. Ubiratã e ele me disse que a carta tinha “sumido”!!!! Que numa mudança que ele fez do escritório a carta foi o único documento “que sumiu”!!
Pedi ao advogado que me desse a cópia do processo e me devolvesse a carta de ameaça do Marciano. Esperei alguns meses e chegaram os documentos, mas constatei que a “bendita carta não estava no pacote”. Liguei para o Dr. Ubiratã e ele me disse que a carta tinha “sumido”!!!! Que numa mudança que ele fez do escritório a carta foi o único documento “que sumiu”!!
Comecei a apertar o advogado, cobrando a carta, e que tinha que achar, aí é que veio a conversa final, e o advogado me disse o seguinte: “QUE ELE ESTAVA ABRINDO O JOGO COMIGO, MAS ERA A APALAVRA DELE CONTRA A MINHA, SE ALGUÉM PERGUNTASSE, ELE IRIA NEGAR”. TINHA DEVOLVISO A CARTA AO MARCIANO MEDIANTE O PAGAMENTO DE US$ 100.000,OO !!!
Fiquei muito revoltado com o advogado e disse que iria denunciá-lo na OAB?DF, mas respondeu, que era perda de tempo meu, pois ele iria negar tudo, que eu não tinha testemunhas que entreguei a carta para ele, e ainda me ameaçou que eu poderia me dar mal, pois ele moveria um processo contra mim por danos morais!!
E assim, eu fui lesado e caloteado pelo meu próprio irmão que eu queria ajudar, além disso, ele “soltou as quatro ventos” que eu o prejudiquei com o processo, que eu era mau caráter, mentiroso, e minha família, hoje, nenhum deles conversaram mais comigo.
E assim, eu fui lesado e caloteado pelo meu próprio irmão que eu queria ajudar, além disso, ele “soltou as quatro ventos” que eu o prejudiquei com o processo, que eu era mau caráter, mentiroso, e minha família, hoje, nenhum deles conversaram mais comigo.
ESSA É A HISTÓRIA DO DR. MARCIANO E A MINHA, ESPERO QUE ALGUM DIA ISSO POSSA SER ESCLARECIDO PARA QUE TODOS VEJAM QUEM É O CANALHA DA HISTÓRIA. O MARCIANO, DEPOIS QUE ELE FOI POLITICO ELE SE TORNOU UM VERDADEIRO ”GANGSTER’ !!
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